Semana passada optei por masturbar as minhas ideias no meu exílio, não quis despir-me em hasta pública. Foi uma semana em que tive que assistir a uma decisão guebuziana já há muito esperada. Caíram as vítimas das circunstancias e do momento, aqueles que no dia da tomada de posse juraram e prometeram tudo fazer em prol da nação. A experiência mostrou que a vontade e a inteligência nem sempre são a solução para os problemas da vida de milhões de pessoas.
Sentí que na minha geração existem excessos e que muitas vezes, a emoção egocentrista leva-nos a tomar decisões não muito católicas. Não sou contra mexidas ou exonerações muito menos contra mudanças, mas tenho dúvida da eficácia de algumas decisões. Certamente que irão perguntar-me qual é a minha opinião, mas antes de ser estrupado pelas perguntas prefiro responder.
Estamos a menos de dois anos para o fim do mandato e no entanto há mudanças ou mexidas no governo, isto pode ser positivo mas também negativo. Se não vejamos: ao exonerar e nomear, Sua Excelência o presidente Armando Guebuza mostrou que tem vontade de mudar alguma coisa; que está consciente na inoperância de alguns sectores. Isto é positivo! Aliás, como dizia Marcel Achard, um homem que nunca muda de opinião, em vez de demonstrar a qualidade da sua opinião, demonstra a pouca qualidade da sua mente. Entretanto, a medida, na minha maneira de ver, tem a sua parte negativa. Estamos numa altura em que o chefe do estado apela as lideranças e não só, apela ao povo e os seus lideres para que corram...não é tempo de andar. Muito bem! Qualquer um que queira correr bem, precisa de fazer exercícios de aquecimento. Aqui surge a minha inquietação. Quanto tempo precisarão as novas apostas de Sua Excelência o presidente Armando Guebuza para aquecer, entrarem na pista e correr? Ou seja, quanto tempo precisarão para reconhecer os sectores e colocar tudo em ordem? Não nos podemos esquecer que só faltam pouco menos de dois anos para o fim do mandato.
É verdade que todos aspiramos mudanças mas, não é menos verdade que teremos que juntos atravessar tempestades para chegarmos a terra prometida. Por que é que ao invés de exonerar não buscamos soluções? Na minha opinião, a solução do problema dos transportes não está na exoneração do ministro, antes pelo contrário, é preciso que se melhorem as condições de vida do pacato cidadão, para que este não sofra com a subida dos preços no mercado mundial.
Acho que a governação da minha “era”, devia parar de fazer uma gestão de policiamento, permitindo assim, a liberdade do homem e do seu pensamento para que estes dois fossem usados em benefício de todos a sua inteligência. Esta governação deveria também, criar coesão na liderança, não mexer na máquina governativa como se estivesse a lidar com manequins da montra de uma loja de roupas.
As analogias não devem guiar a nossa governação, isto é, não é porque o fulano foi bom gestor do sector x que o será do y. Não julguemos ninguém pelo passado mas sim, pela natureza dos desafios de cada sector. Não quero desafiar os argumentos por detrás das exonerações e nomeações. Sou leigo na matéria. Apenas gostaria de saber porque é que eles tiveram aquele fim? Se me respondessem, quem sabe assim, poderia concordar com a posição tomada pelo inquilino da ponta vermelha!
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