terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Os intelectuis que não masturbam ideias Vs crise de pensamento

Uma vez escrevi um texto, sugeria um streap tease de ideias dos intelectuais, como forma de seduzir os políticos a se despirem alguns políticos da inracionalidade e maquiavelismo; apelava para que alguns intelectuais, saíssem dos sovacos político-partidários e desempenhassem o seu real papel ou que pelo menos, agissem como intelectuais não como cobardes ou máquinas de escrever.

Depois seguiu-se o debate na blogosfera, partilhei ideias com alguns intelectuais, outros simplesmente limitaram-se a atirar pedras pedindo para que eu dissesse nomes dos cobardes que sacrificam a razão em troca de 4X4; outros disseram que era pertinente discutir a questão do intelectual em Moçambique e seu papel e o que está por detrás da sua postura.

Mas que ideias a discutir de individuos que estão corrompidos pelos bens materias? Nãso digo que são casos perdidos, mas minha proposta é que abordemos Moçambique sem medo, pois o que acontece é que alguns intelectuais são caixas de ressonância e consumidores passivos da cobardia. Eis o meu ponto de diálogo.


Algumas correntes me pedem provas sobre a crise de pensamento movida pela falta de masturbação de ideias. Bom, este facto resulta do positivismo, onde o verdadeiro é o tangível e o imaginário é uma falsidade. Mas a questão aqui é que, a abordagem do social, que é composto pelo material e o imaterial, requere uma visão abrangente e polivalente. Alguns intelectuais estão em crise de ideias, isto se avaliaramos o seu desempenho no esboço de pontos de fuga de vários problemas sociais.

A questão não se prende aqui com a defesa de uma premissa afirmativa e universal de que os intelectuais estão nos sovacos, corrompidos e em crise de pensamento, mas sim com a necessidade de reconhecer e discutir o facto de alguns intelectuais não masturbarem ideias, limitando-se apenas em imitar modelos, demostrando uma clara crise de ideias.

Também posso estar em algum sovaco, aliás isso não é mau. É importante que na nossa humilde reflexão entendamos sovaco como uma crença e/ou convicção, o que não é mau, negativo neste cenario é quando alguns ilusteres intelectuais arquitectam ou pelo menos assessoram o desenho e implementação de estratégias de desenvolvimento maquiavélicas e pouco eficientes. É muito bom ter intelectuais e/ou técnicos a trabalharem nos partidos políticos, mas sua tarefa não se deve limitar e aceitar os dógmas, mas sim ajudar a reflectir sobre a sustentabilidade e o impacto desta mais aquela visão na vida da sociedade.

Tomemos o caso do valor dos Chapas, que causou tumultos, se as decisões tivessem sido refinadas pelos intelectuais, com uma capacidade de prever os riscos da medida, não teríamos chegado ao extremo que chegamos. Quando um intelectual abdica sua função técnica e visão crítica, mergulhando cegamente em ideologias partidárias, passa a ser o consumista passivo, entramos numa fase que chamaria de crise da racionalidade.

A minha pergunta é: onde está a sua capacidade crítica e de análise de situações de modo a fazer valer sua opinião no seio dos partidos? Como colocar as ideologias partidárias ao bom serviço das massas? como ser imparcial perante os erros nas ideologias dos partidos, dado que existe espaço de diálogo, onde cada um expressa sua opinião? Portanto arrolo aqui algumas questões que me levam a polémica tese de que ALGUNS INTELECTUAIS ESTÃO NOS SOVACOS DE PARTIDOS POLÍTICOS, e digo mais, isto é ignorância por culpa própria.

É perigoso pedir aos técnicos uma responsabilidade política mas mais perigoso é os técnicos fazerem da técnica homem de campo de ideologias maquiavélicas. A tradição já nos mostrou que estes dois aspectos, técnica e política, não devem ser analisados e vistos separamente dado que, existe aqui uma interdependência entre ambos. O produto político em termos práticos não é observável, dai que sustentando-se na técnica, os movimentos políticos procuram converter ou pelo menos desafiar os seus ideais.

O intelectual pode ser político e vice versa, mas o mal é o exagero das posições e as actuações maquiavélicas, o intelectual não deve ter medo de falar. O intelectual não deve esquecer a sua capacidade crítica e de análise, assim como deve colocá-la em prática, como forma de melhorar a sua imagem e seu papel de político.

Queria convidar os intelectuais, que infelizmente não masturbam ideias e estão em crise de pensamento, para que deixem de viver como sapos, que pensam que o mundo é o poço, estamos mergulhados num periodo com várias mudanças, liberdades, condições e possibilidades, uma época em que uma salada de factos insta a capacidade de contemplação e criatividade.

Os intelectuais em crise de pensamento devem revisitar as lições sobre as incoerências, a falta de lógica , os paradoxos, a intuição, e ter consciência de que os problemas só são insolúveis na superfície. Os partidos politicos, para não serem fustigados pela crise ideológica, devem exigir dos seus assessores, uma análise despida de inracionalidade, incoerência, falta de lógica; Devem dar liberdade de pensar e falar, deixar o intelectual adejar como um pássaro numa eterna masturbação de ideias.

Se é o sucesso que os partidos politicos querem buscar, bem estar social das massas, não é menos verdade que precisam de lanternas intelectuais, dai que os que estão nos sovacos, pagos para pensar pelo país, devem se despir do medo, da crise do pensamento e exibirem suas ideias.

1 comentário:

jpt disse...

poder-me-á enviar o seu e-mail, sff?cumprimentos