Faço esta pequena exposição para dizer que apreciei a abertura do debate através do seu mundo de ideias subversisvas. Mas estou triste com alguns dos nossos intelectuais, que deixam a emoção sobrepor-se à razão. Estou decepcionado com intelectuais invejosos, que passam a vida a desvalorizar o trabalho e fama dos outros no campo das ciências. No processo histórico, todos somos protagonistas mas alguns è que se tornam mártires e os cobardes são publicamente e moralmente linchados.
Caro Mutisse, acho que a ciência mas do que holofote devia ensinar o homem a controlar o sentimento por meio do pensamento e não o contrário, pois a assim sendo estarémos condenados à desgraça.
Eu estou triste com as elites, que deixam a maioria comer lodo no lugar de pão, não estou frustrado mas acho que, Mutisse, Lázaro, Nelson, Serra, GM, etc podem fazer muito mais, levando luz para o túnel onde habita a esperança da maioria.
Hoje a maioria está em crise, subiu preço de chapa, e as elites escoltadas vão passeando sua classe as custas dos que pagam impostos e não tem regalias; aqueles que vivem acima de 100 USD quando em Golhoza (nome de um bairro na Matola), há quem vive a baixo de 1 USD.
Acordei hoje 5 de fevereiro de 2008 com receios de despertar em Nairob ou Darfur, e para minha infelecidade acordei em Bagdad e Cabul. Acordei triste porque lá no Singhatela (nome de um bairro na Matola), meus consaguêneos passarão a viver de batata doce que jà não cresce na machamba de vovó Gelina, lá para as bandas de Dona Alice, mas como diz um provérbio chinês, jamais desesperes, mesmo perante as mais sombrias aflições de sua vida, pois das nuvens mais negras cai água límpida e fecunda, continuo a acreditar na utopia..
Caro Mutisse leve minha carta para si e para os seus, para intelectuais que a pêrola do índico não conseguiu educar como patriotas, capazes de defender interesses comuns de uma nação que já existe, esquecem que Só conseguirá compreender o que é uma propriedade quem lhe tiver sacrificado uma parte de si próprio, quem tiver lutado para a salvar e sofrido para lhe dar beleza como dizia Saint-Exupéry.
Caro Mutisse, acho que a ciência mas do que holofote devia ensinar o homem a controlar o sentimento por meio do pensamento e não o contrário, pois a assim sendo estarémos condenados à desgraça.
Eu estou triste com as elites, que deixam a maioria comer lodo no lugar de pão, não estou frustrado mas acho que, Mutisse, Lázaro, Nelson, Serra, GM, etc podem fazer muito mais, levando luz para o túnel onde habita a esperança da maioria.
Hoje a maioria está em crise, subiu preço de chapa, e as elites escoltadas vão passeando sua classe as custas dos que pagam impostos e não tem regalias; aqueles que vivem acima de 100 USD quando em Golhoza (nome de um bairro na Matola), há quem vive a baixo de 1 USD.
Acordei hoje 5 de fevereiro de 2008 com receios de despertar em Nairob ou Darfur, e para minha infelecidade acordei em Bagdad e Cabul. Acordei triste porque lá no Singhatela (nome de um bairro na Matola), meus consaguêneos passarão a viver de batata doce que jà não cresce na machamba de vovó Gelina, lá para as bandas de Dona Alice, mas como diz um provérbio chinês, jamais desesperes, mesmo perante as mais sombrias aflições de sua vida, pois das nuvens mais negras cai água límpida e fecunda, continuo a acreditar na utopia..
Caro Mutisse leve minha carta para si e para os seus, para intelectuais que a pêrola do índico não conseguiu educar como patriotas, capazes de defender interesses comuns de uma nação que já existe, esquecem que Só conseguirá compreender o que é uma propriedade quem lhe tiver sacrificado uma parte de si próprio, quem tiver lutado para a salvar e sofrido para lhe dar beleza como dizia Saint-Exupéry.
Meu caro saiam eles dos sovacos de egoísmo, e venham mergulhar na catinga deste lado de cá onde me encontro com a maioria, que não tem sabão para lavar a boca.
2 comentários:
Ao Lázaro,
Retiro da missiva que me escreveu as seguintes passagens:
"...intelectuais, que deixam a emoção sobrepor-se à razão"
"Estou decepcionado com intelectuais invejosos"
"...intelectuais que a pêrola do índico não conseguiu educar como patriotas"
Acredito que, em algum momento, a blogosfera esteve tensa. Muito tensa. Até insultos ocorreram. Nessa época comentei que a diferença de ideias não podia chegar a tanto.
O Lázaro, partindo da diferença de ideias ou de pontos de vista com outros pensadores, encontrou, EMOCIONADOS, INVEJOSOS e INTELECTUAIS NÃO EDUCADOS. Para mim isto é problemático.
Mais do que chamar nomes a todos esses, porque não discutir as suas ideias? Pô-las em causa nas suas fraquezas etc? É mesmo fundamental o juízo de valor que o Lázaro faz da condição emocional dos intelectuais que têm abordagens diversas da sua?
Enuncia alguns problemas na sua missiva mas não os discute. Que elites lhe deixam triste por deixarem "a maioria comer lodo no lugar de pão"? Fala de académicos, políticos, intelectuais, governantes...? Se considerarmos que o Lázaro tem (suponho) formação (e informação) superior, estando num país com indices de analfabetismo assustadores, então faz parte de uma elite e, tomando a sua máxima, tem também a obrigação de "fazer muito mais, levando luz para o túnel onde habita a esperança da maioria". O que tem feito?
Falando sobre os chapas. Acho que não basta a um indivíduo como tu Lázaro falar apenas da sua subida. É preciso reflectir sobre os fenómenos que estão a volta disso. É preciso pensar nas razões quue estão por detrás das constantes subidas de combustível, pensar nos custos de manutenção dos veículos, na situação das nossas estradas etc. É preciso dizer também que o Estado não pode se eximir de prestar o serviço público de transporte aos seus cidadãos e que os sucessivos governos sentaram sobre esta questão que há muito requeria reflexão. Um intelectual que se preze, tem que informar e ajudar os grevistas a perceberem as razões por detrás de certos fenómenos. É preciso clarificar que hoje podemos cantar vitória por o Governo ter recuado mas que amanhã não teremos CHAPA porque muitos não terão capacidade de, com a tarifa que se cobra, e sem subsídios do Governo, com os custos inerentes à operação, fazerem a manutenção dos seus carros diminuindo dessa forma a frota já exígua de chapas. Temos que reflectir seriamente sobre isto Lázaro para que a Vovó Gelina, lá do bairro Singatela onde (se Deus quiser) passarei a residir, e as gentes de Golhosa percebam e, partam para manifestações mais conscientes.
Lázaro, saia desse sovaco da vitimização e assuma o seu papel como patriota. Não espere que sejam os outros.
Cumpra o seu.
PS: A cidade está calma... o Governo e os transportadores decidiram devolver a batata (já quente) para a panela adiando o inevitável por mais algumas horas. Digo inevitável porque acredito que não há como SEGURAR a subida dos preços do chapa a não ser que o Governo faça uma ginástica para a qual acredito não estar treinado (capacitado).
Não precisei esperar muito para ver "uma prostituição de ideias" de que falava no meu primeiro comentário a este post.
Não precisei esperar muito para detectar a "recusa pura e simples de debater com profundidade determinadas matérias (preferindo lançar suspeitas não fundamentadas) e a adjectivação e insulto aos oponentes" foi só ler o post do Mutisse sobre a missiva que lhe foi dirigida por Lázaro Bamo, e confirmar esse escrito no blog deste último.
Há alguma forma de comprovar isso do que saber do ilustre Bamo que há intelectuais emocionados, invejosos e mal educados patrioticamente? Já sabíamos que na óptica do Bamo alguns estão no sovaco de partidos políticos, apesar de não sabermos como é que ele chegou a tal respeitável opinião.
Longe de nos pormos em bicos dos pés como os puritanos, e nos colocarmos numa trincheira virtual de onde lançamos farpas para um inimigo não devidamente identificado, deviámos prestar um serviço público à nação usando o nosso tempo para clarificar a sociedade sobre os fenómenos penosos que estão a acontecer.
Bamo não está a fazer isso. Para além da sovaqueira da "vitimização" referida pelo Mutisse o Bamo tem que sair daquela da SOBERBA, PRESUNÇÃO e afins que o fazem pensar e ver a inveja, emoção e má educação dos outros para passar a discutir os méritos ou deméritos das opiniões desses.
Matsinhe.
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