Uma viajem pelo mundo das ideias, muitas das vezes prega-nos algumas partidas. Digo isto porque não poucas vezes, entramos em atritos de ideias e convicções. A história manda dizer que, quando um maluco te ataca melhor é esquivar para não ser confundido.
1 - O que vem sendo debatido sobre a intelectualidade e os intelectuais em Moçambique ?
2 - O que é ser intelectual? E em Moçambique?
3 - Quais os critérios que definem a intelectualidade?
4 - Que tipo de intelectuais temos em Moçambique? Que papel desempenham?
5 - O que guia a actividade do intelectual moçambicano?
6 - Qual é em Moçambique a relação entre os intelectuais e os Partidos?
7 - Que contribuição os intelectuais têm dado ao país?
2 comentários:
Lázaro,
Lanças muitas perguntas. Cada uma delas interessante e pertinente. Sem querer subestimar qualquer delas, nem forçar um rumo diverso do debate que queres criar gostaria de sugerir, COMO PONTO DE PARTIDA, o debate da segunda questão que colocas: 2 - O que é ser intelectual? E em Moçambique?
Voltarei ao assunto na segunda (passarei o fim de semana no país real; em Manjacaze. Lá onde está acontecer o contrário do que acontece no Vale do Zambeze. Queira Deus que a chuva que cai lá fora aqui em Maputo esteja a cair lá onde os meus por ela (também) anseiam).
Bom fim de semana a si e atodos que passarem por este cantinho.
JSM
Caro Bamo, depois de por muito tempo, provavelmente com “medo de molhar”, ter estado nas margens do “rio de ideias” que corria nessa tua “insatisfação” ou como queiras “cantinho de masturbação intelectual”, venho agora que a correnteza enfraqueceu(espero não ser impressão minha) “atirar algumas pedrinhas ao rio”.
Me chamaram atenção as perguntas que lançaste e emprestando as palavras do caro Mutisse, são realmente interessantes e pertinentes. Depois duma rápida observação, trazem para mim, clara e explicitamente algo em comum: os conceitos Intelectual/Intelectualidade num espaço comum(Moçambique).
Não defendo a “unanimidade” mas acredito que precisamos de um “entendimento comum” ou um entendimento com alguns aspectos comuns para embarcarmos na viagem que propuseste. Pode ser que cada um tenha seu “remo” que cada um reme para sua direcção, com sua força e crie sua velocidade mas temos que de alguma maneira ou em alguma percentagem estar no mesmo barco. Esse barco para mim é o entendimento dos conceito Intelectual/intelectualidade. Não teres incluso a pergunta “Oque é um Intelectual” no seu sentido mais geral e depois particular(Moçambique) é quanto a mim um “assumption” que nos obriga a “pular” um passo importante.
Depois de “vadiar” por conhecimentos alheios, trouxe para mim a seguinte definição:
Um intelectual é uma pessoa que usa o seu intelecto(capacidade mental de raciocinar, planear, resolver problemas, abstrair ideias, compreender ideias e linguagens e aprender) para estudar(obter descrições, hipóteses, conceitos, teorias, princípios e procedimentos que são ou úteis ou verdadeiros.), reflectir ou especular acerca de ideias(modelo das coisas sensíveis enquanto objecto do pensamento e da razão ou a representação mental de alguma realidade externa, ocorrência, objecto concreto ou abstracto, que a mente constrói com determinado propósito).
O potencial que essa definição tem de criar um relativismo é quanto a mim assustador. O intelecto(capacidade mental de raciocinar, planear, resolver problemas, abstrair ideias, compreender ideias e linguagens e aprender) é variável(relativa), a veracidade de descrições, hipóteses, conceitos, teorias, princípios e procedimentos e sua perspectiva é variável(relativa). A qualquer altura poderemos ser chamados a quantificar a intelectualidade (intelectual activo e passivo) e nessa altura seremos esbarrados pelo relativismo.
Fingido que existe uma linha e expressivamente clara dividindo o homem “animal politico” que em dose variadas cada um traz dentro de si, do homem “ser que pensa” que igualmente em dose variadas cada um traz dentro de si nos esforçaríamos a estar no lado de cá(homem pensante) e evitar no máximo o lado de lá. Os grandes azedumes que sinto na blogsfera surgem da “falta de honestidade” quanto à esses “dois homens” dentro de nós. Muitas vezes sem querer e sem perceber estamos no uso do nosso homem (animal politico) e como se isso envenenasse de todo os nossos “racionalismos” lhe negamos categoricamente a existência, sob risco de ver a nossa intelectualidade reduzida.
Vou ficar por aqui me acabaram as “pedrinhas”. ´E claro que volto logo que recolher mais.
Até breve e como já aprendi
Pambhene.
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