terça-feira, 16 de outubro de 2007

Glória á kota Glória


Vi no mês de Agosto, uma cor diferente nas paredes do edifício sede da RM, até no famoso primeiro andar, panfletos e cartazes, era só vota em mim, para melhorar a sua vida profissional, qualquer coisa parecida, mas era campanha para o nobre cargo no Conselho de Administração, o felizardo ou a felizarda seria representante dos interesses e desinteresses da maioria no primeiro andar.

Eu também queria votar, em quem não interessa agora citar, também porque o voto é secreto, mas uma nota cortou-me as esperanças depois de eu prometer voto a figura que me inspira confiança, que mesmo assim não vou revelar, vi me no banco de suplentes a rezar pela nossa vitória.

Houve casos de colegas que resolveram suas vidas no decurso das eleições, os candidatos, aparentemente folgados ajudavam a todos, eram os salvadores da rádio amada. O mês foi de festas, bebidas, comidas e tudo que agrada aos profissionais da Rádio Moçambique, diga-se de passagem que há quem mudou de visual até de quilos.

Os putos/rapaziada da Rádio Cidade, da qual eu faço parte eram os menos agitados, não que eram indiferentes em relação ao facto, mas porque a comissão lhes minhou. Mas o resto da malta girava nos corredores como Ten Years em plena madrugada num armazém de arroz que anda escasso na praça.

Vi um partidário de quem não sei, em plena tarde a destruir panfleto, e na minha inocência saudei, e ele: boa tarde estamos a trabalhar - essa registei e contei aos putos do Canal,virou conversa, mas juro por mim mesmo nunca dizer quem foi. Os candidatos todos eram fortes, promissores e com propostas concretas, gente humilde e com visão, mas no final das contas a alma que Deus fez com osso do homem mostrou-se mais forte.

Dos microfones a poltrona, lá se foi cota Glória

Duas senhoras, com voz que Deus concedeu-as e deixou a cópia no cofre, tia Lú e tia Glória, quem seria a vencedora. Os outros murcharam com flores apoquentadas pelo calor, as senhoras e os seus seguidores abundavam mais os corredores e untavam as paredes com todo tipo de material publicitário. O resultado chegou! Espreitei da coordenação eu e outros mirones vimos a contagem de votos - hihihih Glória está a bater- dizíamos todos, era felicidade para uns e tristeza para outros, vi garrafas de champanhe a entrar na Rádio, suponho que era para comemorar a vitória, pois caso contrário é proibido.

Glória Muianga venceu, os outros nada mais poderiam fazer a não ser ajudar a RM a avançar, como sempre o fizeram e esperarem pela próxima que de certeza irá chegar, aliás a maior recompensa do nosso trabalho não é o que nos pagam por ele, mas aquilo em que ele nos transforma, já dizia John Ruskin.

A tia Glória vai um conselho: Quem não cultiva o hábito do trabalho contrai o vício da preguiça. Sei que nunca foi o seu lema.Boa sorte

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