segunda-feira, 19 de outubro de 2009

DA INTOLERÂNCIA POLÍTICA À IGNORÂNCIA DOS INTELECTUAIS

Todo processo revolucionário no mundo teve seus precedentes e todos somos chamados a intervir de várias formas. Uns contribuem para revolução através da arte, da ciência, política, e de outras tantas formas que revelam aquilo que é o dom e qualidades individuais. O debate aceso na blogosfera e na imprensa, tem estado a mostrar o quanto os intelectuais moçambicanos estão interessados em dar seu contributo para consolidação da democracia e justiça social. Os debates são interessantes, talvez seja por isso que o presidente da república Armando Emílio Guebuza, através do seu blog, decidiu juntar-se a este grupo de cidadãos que no seu dia a dia, procuram pensar e partilhar ideias sobre o desenvolvimento do País.

O debate na blogosfera tem os olhos postos no acontecimento da actualidade, as eleições de 28 de Outubro. Vejo alguma tendência que mais se parece com intolerância política, pois a abordagem dos assuntos e a exposição dos pareceres, tem como base as cores partidárias e não olha para o conteúdo e o sentido dos argumentos. O extremismo se reflecte ma bipolarização dos intelectuais, onde encontramos os famosos Apóstolos da Desgraça e os Puxa Saco. Encontramos também muito que se refugiam na auto-vitimização, para granjear simpatia e aplausos e consagração como heróis, os bons da fita, eternos lutadores. Outros são mais maquiavélicos, autênticos lobos vestidos a carneiro. Mas todos tem uma meta, um kit de regalias e bem estar.

No meu entender esta bipolarização da massa intelectual, tem como base a intolerância política existente nosso país, que se manifesta em todas formações políticas. Não raras vezes, através de discursos bélicos, os membros de vários partidos demostram o quanto não admitem a coexistência e convivência política pacífica. Expressões como, vamos depenar, vamos assar, vamos pilar, vamos esmagar, quando chegar a nossa vez vamos mandar prender o fulano e o sicrano, demostram que os partidos políticos moçambicanos, não teria nenhum receio em submeter o país a uma paz armada.

Todos tem um espírito que os move a uma paixão sobre Monopartidarismo e exclusão social. Querem por exemplo tirar riqueza dos ricos e dar ao pobres e se perpetuarem como únicos dirigentes justos e habilitados em Moçambique. Ao tirar riqueza dos ricos e dar aos pobres é na minha óptica uma forma de exclusão social dos ricos. Mas queria aqui chamar atenção para a questão do perigo oposto, pois o ideal democrático (governo do povo/maioria ) actua tanto dentro ou fora do sistema democrático, mas ainda que ele se oponha a autocracia ou tirania , quando exagerado pode tomar o lugar do seu inimigo (autocracia ou tirania) e ao invés de somente destruir o inimigo ele irá realçar o sistema que criou, é o que evidentemente poderá acontecer, caso os pais da democracia se hospedem na ponta vermelha.

Alguns intelectuais viraram ignorantes de tal forma que vestidos em pseudónimos como eternos viajantes da embarcação da cobardia, vão insultando os membros de outros partidos e os intelectuais imparciais, chamando-os disto mais aquilo, sem nunca dar a cara, pois sabem que sua embarcação é uma autêntica aventura de um político de barriga vazia, que não acredita no seu refúgio mas também não quer acreditar nos que são diferentes. Ao vestir-se a Carneiro, quando é um Lobo, este grupo pretende acautelar seu futuro, por temer a intolerância política que melhor conhece e cultiva com tamanha ignorância que ostenta.

Será disto que o país precisa? Permaneço na ignorância e apelo uma nova atitude. Temos uma frontalidade dos intelectuais que estão cientes e comprometidos com seu papel, mas alguns, ao procurar combater ditadores acabam sendo meta-ditadores.

14 comentários:

Basilio Muhate disse...

Prezado Lazaro Bamo
Meu respeitado amigo

Excelente texto o teu.
Qualquer um põe-se a reflectir ao ler. Este texto assemelha-se muito ao texto que o Custódio Duma postou recentemente no seu blog pois apresenta as várias tipologias de políticos-intelectuais Moçambicanos e as suas características em período eleitoral.
Escrever no anonimato virou moda para todos, pró-governo e anti-governo, e muitos deles com termos insultuosos. Não é por acaso que o Nero Nkutumula no seu blog decidiu que anónimos não iriam mais comentar no seu blogue.
Em relação àqueles que procuram benesses e regalias, posso te assegurar mano Bamo que tanto os prós, assim como os contra, todos querem uma coisa: PODER - o que não se sabe é como é que cada um deles vai usar o poder, ou seja, ENQUANTO UNS LUTAM PELO PÃO OUTROS LUTAM PARA O PÃO.
Será que quando Egidio Vaz disse no seu blog que precisaremos apenas de uma iniciativa constitucional para dar um golpe derradeiro aos charlatães, que ao longo dos 17 anos de democracia viveram em primeira instância dos dinheiros da ONUMOZ e a custa da reconciliação nacional; em segunda, dos dinheiros dos parceiros de cooperação económica, organizações não governamentais internacionais e em terceira, da tentativa frustrada de viver a custa dos fundos do erário público, se referia a alguns desses intelectuais ?


Um abraço e uma vez mais parabéns pelo texto!

Basilio

Ps: já agora Bamo, onde é que o Bamo se situa nessa caracterização interessante que faz dos intelectuais e internautas Moçambicanos ?

Ismael Manuel disse...

Caros amigos e camaradas,

Não atendo que somente no periodo de eleições é que apareceram muitos analistas politicos, economicos e financeiros(Jovens academicos). Onde estiveram durante os 5 anos de governação?

A maxima de que 'enquanto os cães ladram a caravana passa', funciona nestes casos.

Porque tapar o 'sol com a pineira'?

Eu sinto pena de alguns quadros, que tornam se autenticos escravos da politica. Em todos os partidos. Basta ver os debetes televisivos para chegar a conclusão e as pessoas perderam o bom senso,tornando se em autenticas caixas de ressonancias, com descursos pré consebidos e politicamente correctos.

Quando é que jovem vai de facto lutar pelos seus direitos ao inves de escovar, laber, ...?

Voltem ca em janeiro, e vamos criar um forum adequado para as nossas discusões e exigir do governo eleito que cumpra com o seu mandato com eficacia e eficiencia primando na melhoria de vida do cidadão e do bem estar social, acautelando os interesses dos jovens.

Reflitam, 'porque amanha tudo se repete.

Aquele abraço

IJM

Chacate Joaquim disse...

Feliz Bamo...

ahahahah!... hé Basílio, qual é o prazer e localizar o Bamo ahahah...


A propósito,o que é lutar pelos seus direitos? será ser imparcial? é que no seu discurso no ausência da mesma!

Veja por exemplo onde fala da Paternalidade da Democracia esqueceu-se da Paternalidade da Independência Nacional!

Nas TV tenho acompanhado discursos do tipo "estamos a repor oque eles distruirão"! e de outro lado "eles são os currúptos, os felizes pela nossa desgraça"

A outra dos árbritros que se dão o direito de determinar o que é e o que não é legítimo para ser debatido. se eu levanto um certo debate que alguém não concorda traga factos no lugar de me chamar vassalo de quem quer que seja esse é o verdadeiro intelectual e académico que sonho.

Pensa comigo

Basilio Muhate disse...

Caro Ismael
Meu companheiro

No período das eleições é que brotam as principais nervuras políticas guardadas em muitos académicos de ciencias sociais, em muitos intelectuais ligados à política, em muitos jornalistas igualmente, porque é um momento de confrontação ideológica muito forte e propício para esse exercício.

Durante os 5 anos de governação estes indivíduos estiveram a fazer o mesmo, mas de forma menos intensa. os pró-governamentais estavam a cumprir com os seus programas de governação, e os contra-governamentais estavam a observar e a apresentar, sempre que possível, criticas à governação.unca ninguem esteve por fora.

Na blogosfera, que eu saiba, o debate não apareceu com a campanha, os blogues já existem e não há blogger que tenha surgido do nada nem jovem que tenha aparecido por aqui só agora, a não ser o meu prezado companheiro Ismael. Afinal de contas onde é que o Ismael esteve estes anos todos ?

Não concordo totalmente que haja quadros escravos da política porque não considero que um indivíduo que defenda um partido, seja ele qual for, esteja a escravizar-se. A não ser que o Ismael considere apenas um grupo de intelectuais como sendo os verdadeiros só porque apresentam determinada inclinação.

A dado passo o Ismael pergunta "Quando é que jovem vai de facto lutar pelos seus direitos ao inves de escovar, laber, ...?" devia continuar ali nas reticencias AO INVES DE ESCOVAR, LAMBER, MALDIZER, PREGAR PRAGA, TER INVEJA, ETC. Bem disse o Lazaro Bamo quando falava sobre os extremistas Lambebotas e apostolos da desgraça.

Em janeiro não vamos voltar, continuaremos por aqui como sempre estivemos nos últimos anos, e vamos continuar a exigir do governo e não só, vamos contribuir para a governação com criticas construtivas, típicas de uma juventude responsável e madura.

Chacate

Sinceramente amigo, não percebi muito bem o teu post, gostaria muito de comentar . Porque queres saber qual é o meu prazer de localizar o Bamo ? O Meu amigo chacate Representa o Bamo ? O Bamo deve estar a ler estas linhas, acho que ele se estiver realmente interessado vai voltar a perguntar isso pessoalmente.
Na verdade, eu sei que o Bamo é um combatente da liberdade, da democracia e da independencia dos homens, é um líder que deverá saber seguir da melhor maneira o seu percurso.

Book Sambo disse...

".....os famosos Apóstolos da Desgraça e os Puxa Saco...."
Hehehehehehehehehe

book sambo

www.booksambo.net

Ismael Manuel disse...

Caro Basilio,

Não sei se viste o debate da nação de ontem?

São aquelas que achas as criticas construtivas dos jovens maduros?

Penso que aqueles individuos não degnificam o partido. Da me a impreensão que são seleccionados e lhes entregue um discurso em que eles não podem fugir a sua orientação, tornando umas autenticas caixas de ressonancias com descursos pre consebidos. São estes jovens maduros de que te referes caro Basilio? Sem identidade proprio, ideias proprias, que defendam ideias que consigam sustentar?, eu penso que não.

Então, quando se fala do labebotismo, é isso. São jovens deste tipo que mancham a juventude moçambicana, e não sei até que ponto, nem quem esses jovens que estas a tentar defender.

Aquele abraço

IJM

Lázaro M.J.D.M Bamo disse...

Obrigado pela visita


Meu amigo irmão Basílio, todos nós temos metas a alcançar na vida, o mais importante é esquecer a teoria de Maquiavel para que se estabeleça de uma vez por todas a justiça social. Isto depende da nossa vontade como moçambicanos, sei que é uma batalha longa e muito sangue vai se derramar e se calhar só os nossos bisnetos é que verão os frutos, mas nossa geração tem este desafio de iniciar a luta.

Basílio, eu me situo no equilíbrio onde minha orientação ( filosofia) me abre a mente para acções ética e moralmente correctas, sem com isso querer dizer que não carrego o pecado de Adão e Eva ou de Caim e Abel, mas o mais importante é a consciência que cada um de nós deve ter sobre o seu papel na sociedade. Os dirigentes políticos devem saber que são importante para o público do mesmo jeito como o povo é para eles e deve-se haver uma reciprocidade de sinais na interacção destes. Infelizmente não admitimos posições adversas e lançamos armas de destruição maciça.

Ismael, as convicções são prisões, e os analistas políticos, económicos e financeiros Jovens académicos, por si mencionados, estão cientes disso. O tempo determina a forma de ser estar de cada um de nós. Noutros tempos estes se comportaram mediante a conjuntura ( já viraram as atenções para o chapa cem depois do fenómeno 5 de fevereiro por exemplo) e é boa a atitude, na minha óptica falham quando pousam sua alma no Princípio de Maquiavel ( os fins justificam os meios).

Chacate, penso na medida do possível na óptica de perceber todos mas uns são simplesmente intolerantes, cobardes, são os tais anónimos que passam a vida a insultar.

Basilio Muhate disse...

Caros

A minha contribuição para o debate está dada, concordo com todas abordagens em alguns aspectos, o mais importante, como bem escreve o Bamo, é a consciência que cada um de nós deve ter sobre o seu papel na sociedade.
Infelizmente não vi o programa debate da nação de ontem, nem sei quem eram os jovens que ali estavam, por isso torna-se dificil tecer comentários a respeito, mas se eles foram lá para lerem discursos pre-concebidos, então provavelmente eles sejam especialistas nisso, agora se foram para defender uma cor partidária determinada, então já é outra coisa.
Defender uma religião, um partido, um clube de futebol não nos tira a capacidade de pensarmos individualmente. Não pretendo defender nenhuns jovens de nenhum partido, apenas estou a dizer que não se deve confundir um pensamento de grupo com um pensamento individual. Existem teorias de grupos ou organizacionais que melhor explicam isso.

Regards
Basilio

Nkutumula disse...

Lazaro,

Gostei do texto. Eh uma autentica fotografia colorida do se passa na blogosfera.

Gostei tambem do ponto onde te posicionaste entre os Puxa isto e os Lambe aquilo.

Seria sensato que deixasses que os outros dissessem onde te localizas, do mesmo modo que os colocas de um ou de outro lado.

Por uma justica justa.

Caro Ismael,

Eh a primeira vez que lhe vejo neste meio. O teu blog foi criado no mes de Outubro de 2009! Meu caro, mal saiste do ovo ja reenvindicas maior idade!

Tens muita farinha por comer antes de poder apontar o dedo a malta que ta na blogosfera ha muito, muito, muito tempo.

Em suma: enquadraste no grupo dos intelectuais que surgiram agora com a campanha eleitoral. Afinal estavas a falar mal de ti mesmo!

Vai com calma rapaz, muita calma.

UM abraco e bem vindo a este Mundo cruel que eh o planeta Blogosfera.

Muito prazer em conhecer-te. Chamo-me Nero Kalashnikov

Lázaro M.J.D.M Bamo disse...

Nero

Obrigado pela visita, denunciei a minha posicao mesmo ciente da subjectividade, mas minha temosia me levou a jogar na objectividade. mas estou aberto a outra classificaco.

Abracos revolucionarios

amosse macamo disse...

Caro, Bamo interessante
Penso que o discurso intolerante começa também com o intelectual (im)parcial que já adjectiva na sua construção de pensamento, senão vejamos.

Quando começas o seu pensamento afimando que “O debate na blogosfera tem os olhos postos no acontecimento da actualidade, as eleições de 28 de Outubro. Vejo alguma tendência que mais se parece com intolerância política...”(fim da citação), me parece, que há um esforço da sua parte, em fazer uma análise descritiva do ambiente que se vive na blogosfera e claro, quem descreve não toma de início posição, faz como bom jornalista; traz os factos, como eles são.( e aqui, penso eu residiria o forte do seu argumento, pois limitar-te-ias a descrever e isso, traria a conclusão lógica de que não é disto que precisamos).

Só que,
Quando afirmas mais a frente que “...onde encontramos os famosos Apóstolos da Desgraça e os Puxa Saco. Encontramos também muito que se refugiam na auto-vitimização, para granjear simpatia e aplausos e consagração como heróis, os bons da fita, eternos lutadores. Outros são mais maquiavélicos, autênticos lobos vestidos a carneiro. Mas todos tem uma meta, um kit de regalias e bem estar. (sublinhado e negrito meu), aí, já revelas o que pensas, emites juízes de valor, que por sinal, são os mesmíssimos que provocam a intolerância, o extremismo, pois, catalogar os outros, faz com que, se desvie a atenção do essencial: debater as ideias para a construção e edificação da nação, pelo que, o seu post, no meu ponto de vista, tenta fugir da realidade que se vive, na blogosfera e no geral e meia volta, chafurda na mesma lama que deplora.(diria, médico cura-te a ti próprio).

Um outro aspecto que cria problemas na análise dos factos e contribuição que se pretende para o avanço do pais é a questão da generalização dos factos, já me explico e pegando o teu texto:

“Mas todos tem uma meta, um kit de regalias e nem estar”, é uma das conclusões a que chegas em um dos parágrafos do seu texto. Num outro desenvolvimento dizes que “...Todos tem um espírito que os move a uma paixão sobre Monopartidarismo e exclusão social” (fim da citação), podia até buscar mais, mas o espaço e texto são teus e não vá eu querer ser maçador só para provar, que navegas em mesmíssimas marés e minas o debate, da mesmíssima forma dos que criticas.

Uma vez mais, deixe-me que lhe roube as palavras amigo Bamo para questionar “Será disto que o país precisa? Permaneço na ignorância e apelo uma nova atitude...”
Eu também amigo, eu também acho que não precisamos disto, mas sim de construir argumentos com uma linha lógica, onde estes todos (lobos disfarçados a carneiros, lambe botas e tudo mais) se sentiram excluidos tacitamente pela força do argumento e não por trazê-los necessariamente para o debate, porque quando generalizamos, concluimos, corremos o risco de ferir e de morte o nosso racioccínio com consequências que daí podem advir: como a intoleráncia por exemplo.
Volto se quiseres

Lázaro M.J.D.M Bamo disse...

Amosse

Obrigado pela contribuição

1- Assumo que posso não estar a ser imparcial mas minha atitude circunscreve-se na bipolarização que existe sobre o debate da nação moçambicana;
2- Ë inevitável emitir juízos de valor, é verdade que assumo as coisas no seu sentido lato e universal, a particularização podia sanar as suas dúvidas. Mas se fores a notar o meu “extremismo” é em relação a todos. Agora não vais me dizer que Jesus Cristo foi extremista por defender justiça e igualdade, ao defender amizade entre inimigos. Não me quero comparar a ele.
3- Posso minar o debate mas na perspectiva de equilíbrio, denunciando as fragilidades de cada um;
4- Posso até não concordar contigo mas irei defender até a morte seu direito de opinião, disse uma vez um autor.

Phambene

Cocktail Molotov disse...

Também sou novo na blogo-pátria. Aceito o baptismo. Quanto ao assunto em análise, creio corresponder à verdade na parte referente ao extremismo e meta-intolerância.

São juízos categóricos a priori que legitimam a falaciosa discussão sobre o ser e a essência. A essência, na medida em que corresponde à verdadeira identidade do objecto, nunca pode ser aferida com base em rótulos.

Resumindo, os lambebotas e apóstolos da desgraça existem apenas nas cabeças de quem os rotula. A arquê do problema está, não nos rotulados, mas nas cabeças de quem os rotula. Por assim ser, todo o debate assentará em pressupostos preconceituosos. Assim, por mais verdade que o rotulado diga, as categorias instaladas nas mentes dos rotuladores impedem-no de ver tal verdade. Ou porque lhe considera um lambe botas; ou porque lhe considera um apóstolo da desgraça.

A ciência, na sua mais pura essência, requer mentes orfãs de rótulos categóricos a priori

Gerson Machevo disse...

Super interessante, ainda por reflectir...considero interessante o facto de muitos dos outros serem apenas consumidores de propagandas e vendedores de peixe podre sem a intenção de malnutrir-se mas desnutrir aos outros. Esse é um desafio incessante que muitos comedores de peixe podre que não saiu do mar e nem do congelador preferem seguir.
Esperemos que a tal ignorância dos intelectuais não seja dos intelectuais a ignorância