terça-feira, 8 de setembro de 2009

Um génio chamado nhancale

Diz uma adágio popular que, « Abençoado aquele cuja fama não brilha mais que a sua verdade», não quero meu corpo brilhante, não quero meu rosto como ouro sobre o azul, o mais importante é partilhar com os demais, aquilo que considero verdade, respeitando para o efeito a relatividade que sempre perseguiu a verdade. Triste para mim é quando alguém ousa, em pleno século XXI, anunciar verdades formais, que servem para fazer o boi dormir. Quando questiono essas verdades, sou tido como o apóstolo da desgraça. Só mesmo um génio para tanta ousadia.

Em nenhum momento, meu caro, poderei citar nomes de descontentes pois estes não cabem no Mito da Caverna, mesmo de coubessem não o faria por uma questão de bom senso e protecção da vida e do ganha-pão destes. O discurso neste momento é de que, fale quem quiser falar mas daqui ninguém nos tira, pode até ser verdade, pode sim porque vos alegra serem maus servidores da pátria, vos alegra manchar o partido que vos deu a faca e o queijo, mas não se esqueçam de que vivem numa cidade, num país, onde o povo tem poder, tem força, e a vossa vez irá chegar.

Quantos munícipes não vivem um sentimento de arrependimento neste momento? As promessas não foram feitas ao autor destas linhas como pacato cidadão apenas, como integrante desta cidade, mas acima de tudo para o povo matolense a maioria. O autor destas linhas não ocupa dois espaços ao mesmo tempo, não tenciona contrariar a Física, mas as reclamações vem de tudo quanto é canto, e todos são unânimes em afirmar que: a Matola parou. A Matola ainda vai permanecer estagnada, o seu edil parte para mais uma jornada de demagogia, vai fazer campanha para o seu partido, irá passar por onde passou antes das eleições autárquicas a pedir voto, desta vez não para ele, mas para seu chefe.

Ele irá anunciar os ideais políticos, que como disse Giovanni Sartori (cientista político italiano especializado no estudo da política comparada), não estão para ser convertidos em realidade mas sim para serem desafiados, sua concretização não passa de uma miragem, um sonho. Atenção camarada, seu portador de mensagem pode não ser um canal correcto e o impacto do facto dele ser mau exemplo neste momento, pode ser muito fatal.

Muitos matolenses perderam confiança que nunca ganharam do seu edil, e os preconceitos em relação a imagem deste, podem ter um impacto negativo sobre o comportamento do eleitorado, e aí quem vai perder? Perder não é não ganhar, perder é não alcançar as metas, sentir que a batalha foi madrasta. Isso sim, é perder.

Que promessas irá o edil fazer, de certeza são promessas macro que é o tamanho do escrutínio de Outubro, mas se até as micro promessas não tem capacidade de concretizá-las que será dos desafios que será encarregue de anunciar? Posso estar errado, mas enquanto não me provarem o contrário, não irei mudar de posição. Quem pede energia eléctrica em Khongolote, Intaka, Matola Gare, Matlemele, Nkobe, etc., são os munícipes.



Quem quer estradas melhoradas conforme as promessas, Pontecas para atravessar o rio Mulaúze etc. , é o povo, aliás porque não compensar o povo também da mesma forma como estão a compensar os canais que vos levaram até aí. Mas não é só o povo que está a ser traído, algumas caras bonitas que ajudaram a polir a imagem do edil para que assim fosse, estão na rua de amargura, e a boca está no trombone. Estão fora do controle do edil, e assim fica mais complicado. Um conselho de um pacato cidadão, procure reverter o cenário com base no diálogo sincero, pois como dizia Dom Bosco, O mundo é um espelho: se sorrires para ele, ele sorrirá para ti.

Há uma canal de drenagem de dinheiro vestido a concurso público e transparência, mas na hora da inspecção, seria bom questionar-se aquilo que meu professor de estatística me ensinou que era moda. (Em estatística descritiva, a moda é o valor que detém o maior número de observações, ou seja, o valor ou valores mais frequentes. Ex.: A moda de maçã, maçã, banana, laranja, laranja, laranja, pêssego, é laranja porque laranja aparece mais vezes que as outras frutas). Esta moda tem um antecedente muito forte na conspiração, e talvez esta seja a forma de compensação. Sorria, mas esta é verdade, e Sua Excia sabe do que se trata.

Ilustre, Deus coroa não os teus méritos mas os Seus dons, como dizia e muito bem santo Agostinho, crie espaço para trabalho não apenas para si mas para os seus secretários, seus sequazes eles podem até ter capacidade mas ela precisa de ser moldada, o que só é possível se tiverem competências. Não se orgulhe por estar ladeado de yes men, eles passam a vida a ti bajular, ofuscam seu dom ( se é que possui, se possui está numa fase embrionária) porque tentam te fazer crer que suas acções estão empanturradas de mérito.

Não quero contrariar os Gregos, eles tiveram o mérito de inventar a roda, e ao basear-me em pensamentos de grandes homens, é apenas para lhe dar a ideia de quanto o senhor está a margem dos homens queridos, venerados e adorados pelo povo, pois como dizia, James Allen, Os bons pensamentos produzem bons frutos, os maus pensamentos produzem maus frutos. . . e o homem é seu próprio jardineiro.

2 comentários:

Júlio Mutisse disse...

Lázaro, Que se passa? As coisas não podem ter piorado na Matola...

Lázaro M.J.D.M Bamo disse...

Mutisse, bem vindo

É triste quando chegamos a fase de contestacao popular . É preciso ter cuidado com o silencio dos inocentes, no dia em que explodirem pode ser o fim da historia.

Venha ao Singathela e conversa com seus futuros vizinhos. Va ta ku lhevena (vao te contar o segredo).

abraco