quinta-feira, 27 de novembro de 2008

A diferença entre Mugabe e Dhlakama

A região austral de África é rica em líderes demagogos e básicos, hoje quero falar de dois, um deles vive e convive entre nós disfarçado de moçambicano, auto proclamado pai da democracia que ainda não nasceu outro é vizinho aquele cantado pelo malogrado Jeremias Nguenha, vizinho mau, ele chama-se tio Bob, ou seja Robert Mugabe. Dói mas nós criamos este cão tinhoso. Estes dois rafeiros ladram todos dias em tons e lugares diferentes mas muita das vezes as diferencas entre eles são uma perfeita semelhança.

Vamos aos factos: Robert Mugabe cavalga o nosso país vizinho já a 30 anos mesmo assim acha-se insubistituível. Pergunto do que valeu ter formado homens, para continuarem seus escravos, do que valeu tirar o colono branco se o negro vai saqueando o pobre zimbabwe. Afonso Dhlakama é outro, quer matar a RENAMO, ou seja já suicidou o maior partido de oposição no país por motivos infundados e infantis.

Estes dois senhores tem nas suas diferenças mais semelhanças que outra coisa, senão vejamos:

1- Cá entre nós está mais do que claro que Dhlakama não é um líder querido pelo seu partido, basta olhar para hostilização e rejeição de que é vítima devido a sua prepotência;

2- Na terra de tio Bob, as massas, que apoiavam a ZANU estão de costas voltadas com o velho ditador africano, que depois de expulsar o regime de Smith viciou a política do seu país e fez da nação seu bicho de estimação;

3- Dhlakama pode estar a sofrer de problemas patológicos que precisam de uma urgente intervenção médica, basta olhar para o seu discurso belicista e ameaçador ( quantas vezes não ameaçou queimar a terra dos que ele tem saido em tempo de eleições a pedir voto).

4- Tio Bob não se difere muito, bate mata e chuta e fica impune, ele cavalga Zimbabwe, suas atitudes, vistas de ponto de vista de idade podem significar uma eminente demência, a mesma que pode estar a abocanhar Dhlakas;

5- Enquanto Dhlakama vive na paranóia de ser único líder capaz de dirigir o país e o pai da Democracia seu irmão político, tio Bob vive a loucura de filho querido do Zimbabwe, mas as eleições já mostraram a estes dois que eles são nados políticos mortos;

6- Os dois são surdos, seus ouvidos servem para embelezar o rosto e dar forma a cabeça. Montaram um software na mente que inverde a bondade, tornando-a em malícia, a verdade em mentira, o bom e maldade, democracia em ditatura, politica em impolítica.

7- Os dois sabem que a única forma de escaparem de linchamento popular é se apegando ao poder e liderança mesmo contra a vontade da maioria. Enquanto Dhlakama prende-se na liderança da RENAMO como se o partido fosse seu animal de estimação, tio Bob vai se perpetuando no Zimbabwe com medo de deixar o poder e quem sabe partir a HAIA.

8- Os dois vão alegando motivos históricos para se manterem no poder (Dhlakama na liderança da RENAMO e Mugabe na presidência do Zimbabwe);

9- Mugabe quer ver-se num país onde todos o seguem cegamente sem nenhum partido de oposição porque ele é o salvador e Dhlakama acha que se a RENAMO está viva é que ele existe e agora não é momento para abandonar a liderança.

10 – Os dois do ponto de vista astístico não hostentam beleza facial e do ponto de vista espiritual precisam de sacramentos e de uma purificação profunda.

11 – Dhlakama está a 30 anos na liderança do pais e tio Bob cavalga o Zimbabwe também a 30 anos;

Estes pontos que apresento podem ser vistos e comparados a tantos outros que melhor que eu os estimados leitores conhecem. Queria chamar atenção ao senhor Mazanga, que segue cegamente um sonho político a beira da sua falência, o que de alguma forma poderá contribuir no juizo final. Será que Mazanga acredita no que diz? Ou diz para agradar ao mais velho, que aliás o chamou muido não como forma de brincadeira mas sim uma maneira de dizer chega para lá.

Vamos pedir a União Africana para conceder uma parcela num dos desertos do continente, instalar um país de dois homens paranóicos, Dlhakama e Mugabe e convocar eleições na presença de seguidores destes, acho que assim teriámos governo de unidade nacional pois como já nos habituou, Dhlakas contenta-se com pouco, Mugabe única coisa que está habituado a ser é presidente. Lá Mazanga seria ministro ou porta-voz do governo não sei o que seria de George Charamba.

2 comentários:

Jaime Langa disse...

Caro Lázaro
Parabéns pelo blogue, por acaso nunca tinha visitado o seu, fui canalizado pelo "Moçambique para todos". Sobre este texto, achei interessante o tipo de comparação que fazes entre as duas personalidades políticas, e posta-los para debate foi mesmo pertinente. Somente acho que os sociólogos não vão gostar daquilo que chamam "critérios de comparação" e pode levantar o mesmo debate que Patrício Langa criou ao comentar o texto de Mia Couto sobre " Se Obama fosse Africano". Mugabe pode continuar 100 anos a comportar-se assim o seu discurso será sempre legitimado pelos líderes africanos, mesmo através do silencio, serão muito poucos os que levantarão a voz condenando-o directamente, na SADC somente o falecido da Zâmbia tentou levantar a voz e mais ninguém. Quando "ganhou" as eleições que não existiram, recebeu congratulações dos seus camaradas libertadores de pátrias, alguns em nome do Estado outros, em nome dos Partidos. Dlhakama é uma questão de sobrevivência, pode-se comparar ao MC. Roger vivem disso, é o emprego deles, não importa o conteúdo da música que cantam, o que se quer é fazerem-se presentes no circuito e quando mais falar-se deles, a favor ou contra, mais destacados ficam e assim sobrevivem. Pode não ser ignorância (política) o comportamento deles até pode ser estratégico, gostaria de ver alguém que entende desta matéria para estudar "porque Dlhakama comporta-se assim?".
Jaime Langa

Lázaro M.J.D.M Bamo disse...

Caro Jaime

Bem vindo ao meu masturbatório intelectual. Perdoe-me pela demora. Nos últimos tempos tenho estado a escrever pouco por falta de inspiracao mas quando vejo Dhlakama a falar e Mugabe a discursar fico frustrado. Os nossos líderes sao cobardes e fantoches porque se sentam na mesma mesa com uma autoridade sem legitimidade para discutir problemas de um povo que nao se identifica com tal autoridade. Se a regiao nao fosse cobarde o "Caso Mugabe" teria sido julgado e condenado, aliás todos aqueles que acobertam aquele senhor serao igualmente julgados e condenados no tribunal vindouro. Ë estranho Jaime, que seja uma minoria de líderes e sociedade civil que condena Mugabe, os outros estao a tapar o sol com a peneira. O povo Jaime, já acordou, os zimbabweanos irao se vingar da negligencia da regiao face a crise instalada naquele pais. Ë verdade que devia se ter observado os acordos de Lancaster House mas nada justifica o sacrificio das maiorias. Os dirigentes do zimbabwe alimentam-se, viajam, vivem bem por isso tomam posicoes extremistas e suicidas. Nisto tudo onde fica o pacato cidadao zimbabweano? Este está condenado a passar fome e a entregar sua esposa, filha, mae, irma aos camionistas para serem escravas do sexo em troca de uma colher de arroz. Dhakhama é um impolítico que vive reclamando regalias do estado para aliemntar seus bolsos e encher suas contas bancarias. Vejo nele simplesmente um oportunista que abocanhou a RENAMO e transformou-a numa seita religiosa onde recentemente foi ordenado a Padre ou Pastor o cidadao Mazanga. Estes dois sao mesma coisa única diferenca é que um é MIUDO outro é MAIS VELHO.

Caro Jaime a RENAMO já era, precisamos de uma alternativa partidária.