quinta-feira, 17 de julho de 2008

Autárquicas na Matola, Quid Juris?

São neste momento 22horas e 40 minutos, estou algures sem sono. Entro em contacto com o inumano, peço uma bênção para minha cidade, Matola. Mas minha oração é interrompida. Oiço vozes, opiniões e convicções, fico indiferente e continuo a rezar. As vozes agora gritam, e Deus me puxa as orelhas. Volto ao contacto com pai lá do céu e ele me revela: virão homens, aparentemente justos mas usarão esta farsa para fazerem injustiça. São homens ao nosso redor, autênticos lobos vestidos a carneiro.

Continuei ajoelhado em contacto com Deus, eis que ele me concede a liberdade de pensar, começo no mesmo instante a reflectir, concede-me liberdade e me dá voz e deixo minha opinião. Sei meu senhor, que vós enviareis homens, justos e injustos que terão ambição de liderar a Matola, cada um virá com seu propósito. Porém, algo me deixa frustrado. Como pode alguém num campeonato, no sistema de todos contra todos, apitar o jogo dos seus adversários? Ele deu Vermelhos a todos jogadores e equipes que eram obstáculo aos seus interesses individuais. No final das contas é o menino bonito que aparece como Messias. Diabo. Ou é árbitro ou jogador. Escolhe.

Muitos como o ilustre árbitro tem se aproveitado da fragilidade do sistema intra-democrático nos seus partidos, para se impor e satisfazer os seus apetites inferiores. Meus caros, no mundo da verdade os disfarçados caem na lama. Não irei deixar de dizer ao povo, que alguns dos que hoje aspiram nos dirigir foram capazes de convencer que os candidatos eliminados não eram ideais.

Que liderança para a Matola? Eis a minha questão? Será que precisamos de um tecnocrata que de política é nota vinte a esquerda? Ou precisamos de um político que tecnicamente é um distraído? Acho que nós precisamos de tudo isto e mais um pouco numa pessoa só. A Matola precisa de um político, um tecnocrata, uma pessoa humilde, que não pensa com base na sua barriga mas na da maioria. Uma pessoa capaz de controlar seus apetites inferiores. Ainda há tempo de se rebuscar opções que saíram da base e simplesmente foram banidas sem explicação plausível.

Alguns se aproveitam da vulnerabilidade e cegueira político-estratégica dos seus subordinados para angariar apoio, mas a verdade acaba caindo por terra, alguém enviado por Deus virá para se dirigir aos perdidos informando que ainda há tempo de se redimirem. Diabo. Meus caros, os mais próximos aos candidatos, acham que terão boa colocação, oportunidades e tudo mais um pouco, mas já adianto que isso é uma paranóia. Já explico porquê: quantos tiveram a mesma promessa? Quantos quadros são necessários para dirigir a Matola? Vejam se não caem nas armadilhas.

Meus caros, o País precisa do talento de todos e de cada um de nós, grande dilema é que continuamos mergulhados na ignorância, pois achamos e acreditamos que só é possível fazer valer nossas qualidades técnico profissionais enquanto formos dirigentes. Mentira. Aliás já dá para desconfiar destes compatriotas, que acham que só podem dar o melhor de sí enquanto forem presidentes. Eles são ambiciosos, estão a busca de benesses.

Não quero aqui criar intervalos fechados e limitados dos sonhos de cada um de nós, muito menos desencorajar as candidaturas em beneficio das minhas preferências, mas sim chamar a razão aos nossos compatriotas, que tendo pouca fama no mundo comportamental, tentam a todo custo buscar espaço para fazer aquilo que todos nós sabemos que podem fazer mal, a não ser que haja milagre.

Sei que muitos estão a seguir cegamente os caminhos dos ambiciosos por medo de represálias, mas já adianto que não há nada mais perigoso que ter medo de alguém, pois quando nosso sentimento é este, tudo que fazemos é só para agradar ao monstro e o resultado é mau trabalho. Meu professor, ensinou-me que não devia ter medo de ninguém, devia sim respeitar as pessoas. Como cidadão que vive na Polis, tenho minhas preferências político-partidárias, e digo que não tenho medo das lideranças da minha ala, respeito-as o suficiente para dizer quando estão erradas e quando estão correctas.

Eleições Autárquicas na Matola, Quid Juris? É sim caso para perguntar se haverá justiça na escolha e selecção dos candidatos, quais os critérios? Sua aplicabilidade e razão de ser. Depois de responder a estas questões aí sim, como camaradas que somos iremos falar a mesma língua

4 comentários:

Basilio Muhate disse...

Lazaro saudações
Está interessante esta tua reflexão e introspecção à Matola !!
Espero que no final das contas as tuas "visões" se satisfaçam...Força para Matola !!

Lázaro M.J.D.M Bamo disse...

Camarada Basilio, é um prazer recebe-lo aqui no meu masturbatório intelectual. acho que a solução para os problemas do país depende acima de tudo da reflexão. Força ao vosso programa.

jpt disse...

"masturbatório intelectual" é de antologia ...

Unknown disse...

Matola entregue ao Deus dará. Por que será? Um Município estratégico, a todos níveis anda perdido na galáxia? Mistério pintando de vermelho, teimoso e encarnado. Matola no Coração e nada gatos pingados. Um vintém é um vintém, um cretino é um cretino, and not word.