quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Matola a deriva

Definitivamente volto a deixar meu espírito adejar pelo planeta da crítica, movido não por outro motivo senão a crítica construtiva mesmo. Pensei um dia num mundo onde todos pensassem da mesma forma e encontrei duas hipóteses lógicas, uma é que os lideres carísmáticos definiriam o nosso distino, seu pensamento errado levarar-nos-ia ao covil de víboras, mas quando certo poderia nos levar a terra prometida. Dei uma volta pela escrita, li Karl Bath e ele disse, a verdade surge num impasse entre duas ideias antagónicas, acordei e cá estou.

Tenho a honra e prazer de testemunhar a par e passos os progressos e fracassos que a Matola tem vindo a registar. Juro que os fracassos me frustram, as conquistas me emocionam, mas ultimamente tenho mais motivos para viver angustiado, e vou aqui citar apenas alguns:

Primeiro: O mandato de Carlos Tembe está no fim e agora mais do que nunca, verifica-se um momento de actuação de quem tem oportunidades, os ideias continuam a guiar nossos políticos, que mesmo sabendo que suas promessas terminam nos comícios populares, reuniões e entrevistas, vão falando de projectos e esforços em curso para resolver problemas de transportes, água, luz e outros mas onde está a realização das actividades, nada.

Segundo: sinto que muitos estão na sombra frondosa da recente recategorização da Matola, que passou do nível C para B, atenção que esta vitória não pode ser vista e comemorada apenas a nível local ou mesmo se afirmar categoricamente que é resultado de boas práticas a nível dos decisores da autarquia, pois se assim fosse não sei onde é que a Matola estaria, no nível B é que não. Agora todos estão estagnados, inoperantes o que interessa na sua óptica é que politicamente a Matola ganhou pontos, e economicamente? Não sei pois os beneficiários dos impostos são a menoria, detentores do poder na autarquia.

Terceiro: os discursos proferidos em torno de vários assuntos de interesse público são, contrários, contraditórios, incoerentes, admito porém que em algumas vezes temos exemplos de boas práticas, mas estas não são nada se comparadas com experiências negativas; numa entrevista concedida ao Matolinhas, o edil da Matola Carlos Tembe, disse que recebia muitas propostas de jovens empreendedores e ele dava o seu apoio, mas a experiência já mostrou que os ideias políticos nunca se concretizam tal como dizia Giovani Sartori, aliás, o vereador que era suposto responder pelos jovens, Paulo Manhique, só osteta no seu cargo esta tarefa mas não a assume com responsabilidade, pois afirma ele de boca cheia que não cabe ao conselho Municipal da Matola apoiar iniciativas juvenis, a edilidade só pode ajudar e aconselhar os empreendedores. Paulo Manhique viajando no seu controverso raciocínio afirma que a edilidade só pode apoiar grupos legalmente reconhecidos, digo sinceramente que algo está errado. Bom uma experiência positiva tivemos na primeira edição do Festival de Jazz na Matola, com excelente organização e aderência do público e nesta onda de apoiar os oficializados alguém forjou uma instituição chamada Criativa para organizar a segunda edição do Festival do Jazz, a Criativa só nasceu para gerir fundos do evento e depois desapareceu. Criativa não teve sorte porque a edilidade não conseguiu apoio, o badged que se espera foi uma miragem, como a Criativa queria dinheiro em troca de bom espectáculo foi embora, todos nomes agendados termnaram no site e nos planos agora arquivados e improvisou-se festival em homenagem ao jazz nacional, resultado sala cheia de segurança e protocolo e uma dúzia de espectadores. Tive certeza de que o apoio não é para entiado assim como oportunidades são para amiguinhos da cúpula, coitado dos Matolinhas.
Quarto: espero que antes do fim do mandato a edilidade nos traga o Centro Cultural da Matola, conforme o prometido no dia 3 de Março de 2006 dia em que foi inaugurado o Auditório Municipal, pois a continuar naquele ritimo aquele espaço, corre sérios riscos de entrar para o guiness book como mais um Elefante Branco na Matola. Por favor ainda que seja seu dever peço para conceder vias dígnas e condígnas para o acesso à khongolote, Primeiro de Maio, Matola Gare.

A gestão do bem público não pode ser feita com emoção, intolerância, egoísmo, inresponsabilidade, argumentos falaciosos, e ideiais políticos, é preciso que haja o espírito de mostrar o produto final apreciável, prazeiroso, responsável, pois não pode um líder se dar por feliz quando o cumprimento do seu manisfesto é aprovado a nível do seu partido, pois nem sempre isso significa bom sinal, antes pelo contrário quando se aprova algo errado há um engano duplo, por um lado trai a confiança dos seus com metiras por outro decepciona o eleitorado e confunde os interesses que podem eventulmente ser do seu partido.

Não sou inimigo, bem que queria ser amigo, mas é necessário saber cooperar pois tal como dizia Virginia Burden, a cooperação é a convicção plena de que ninguém pode chegar à meta se não chegarem todos.

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