Pouco acreditava eu que podia um dia conhecer um político que ama a cultura, talvez tenha sido má percepção ou interpretação minha do ser político, ou tenha sido um hábito que fui ganhando ao longo do pouco tempo de vida que tenho, pois não me lembro de ter conhecido outro que fosse edil e embaixador por assim dizer da cultura.
Ressuscitou o antigo cinema 700, que hoje é Auditório Municipal da Matola; homenageou Gito Baloi; Fanny Fumo; juntou homens de guitarra, dos melhores do continente africano e de outros continentes que minha avó não conhece nem pelos nomes, todos cantaram e encantaram; lançou o seu segundo livro intitulado Relações Afro Árabes: Convergência e Divergência, com o selo das colecções Mbokodo, comeu-se, bebeu-se mas o livro só chegaria a Maputo no dia seguinte pois foi impresso num país vizinho e não chegou no dia do lançamento, foi lançado e quem saiu de lá com livro foi uma e única pessoa que teve a sorte de ser oferecido pelo intelectual Carlos Filipe Tembe.
Lembro-me dos tempos do João País, a quem o edil da Matola, Carlos Tembe apresentou como gestor do Auditório Municipal, naquele dia em que o velho Cinema 700 apresentava outro rosto novo rosto, descreveu o percurso histórico daquele homem que já teve sucesso na gestão de espaços como o Auditório Municipal. Todos nós batemos palmas, políticos, empresários, a sociedade civil, familiares e amigos de todos, as palmas foram mais atiçadas quando Tembe apresentou o jovem Pinto dos Moz pipa como assistente do João Pais, víamos nos dois, João Pais e Pinto os embaixadores da cultura na Matola, salvadores da arca cultural da Matola.
Naquele dia a iluminação e o som denunciaram algumas fragilidades mas fomos obrigados a dar força ao Tembe, uma vez mais batemos palmas, passou estávamos todos alegres, o intelectual Tembe dizia os valores gastos na reabilitação do sítio, apresentava a sua Utopia jurou de pés juntos que não ia terminar seu mandato sem tornar o Auditório Municipal da Matola num verdadeiro Centro Cultural, espero que sim, falou de tudo o que lhe ia na alma e que gostava de ver e fazer, fervendo de emoções e dominado pela utopia.
Os gestores apresentados em Agosto a membros dos governos central e provincial, corpo diplomático, religiosos, intelectuais, sociedade civil quase que apanharam enfarte, foram em algumas vezes obrigados a tirar dinheiro dos seus míseros salários para pagar músicos que iam ali actuar, sintiam-se desamparados, e logo concordaram com o ditado que diz: De nada nunca vem nada, insistiram persistiram mas foram sabotados e deu no que deu João Pais alegando motivos de saúde foi embora, Pinto assegurou as pontas mas as crises foram mais fortes que sua audácia e ousadia, saiu a uma velocidade de 1000km por segundo de frustração, o Auditório Municipal foi abandonado.
Bom aquilo teria sido evitado, se Tembe e seus colaboradores tivessem dado apoio moral e acima de tudo material ao João Pais e Pinto, alguns vereadores faltaram a inauguração do sitio e delegaram seus familiares, muitos só foram no dia do lançamento do livro do edil em Agosto, mas sei que todas sextas estão na diversão e o Auditório Municipal nunca foi e duvido que algum dia será escolha, deles para lazer, isto serviria de estímulo para os trabalhadores e para os munícipes. O contacto com as massas, que acredito ser um dos pressupostos da governação aberta, seria mais valia para a vossa tarefa que agora se nos apresenta pouco clara.
Mas o pior aconteceu, eles foram-se embora, apresentaram cartas de pedido de demissão, abandonaram o que na presença de centenas de pessoas juraram que iriam assumir e fazer, bom a nós resta desejar boa sorte.
Tempos depois uma nova direcção viria a tomar posse, e está a tomar conta do sítio, mas as dificuldade prevalecem, ninguém assiste os espectáculos que são ali organizados, aquando do festival de jazz, em homenagem ao Gito Baloi, que contou com envolvimento total e completo de Tembe, as entradas até esgotavam, agora está tudo um caus, lembro uma vez que convidaram Dilon Dji Dji, António Marcos e Xidiminguane com todas expectativas de audiências, só foram para lá sete pessoas, agora o primo e a filha do perecido casal Carlos e Zaida Chongo, transpiraram para transmitir calor aos matolenses, mas meia dúzia de amigos esteve lá.
Adeus Tembe, mas educa aos seu colaboradores tal como te educaram, o apoio a Matola deve ser em acções concretas, trabalho no campo, devem ter o espírito de convívio com o povo que te elegeu, assim, te deu poder de escolher os putos que te assistem, vimos na última edição do Carnaval, sua excelência estava com vereador jurista, aquele santinho de homem.
Finalmente, adeus antecipado ao amante da cultura, sentiremos saudades do seu tempo com muitas acções concretas e com muitas promessas que terminaram nas palavras, agilizem o processo de aprovações ou reprovação dos projectos, apoiem os jovem sem contra partidas obscuras. Porque é que a cultura está no seu gabinete e já não temos uma vereação responsável pela área, é mesmo por amor á arte, á dança, ao som da guitarra, ao Mano Dibango.
Só um segredinho, dizem que alguém está por detrás do fracasso do Auditório Municipal, para depois se levar o espaço ao leilão para uma gestão privada e logo, este alguém que por sinal é um político muito poderoso e influente, vai levar para si e para os seus, aí sim teremos o Centro Cultural da Matola, não como bem comum mas como propriedade privada.
Mais não disse até para semana, com um fraterno abraço de Lázaro Bamo.
Ressuscitou o antigo cinema 700, que hoje é Auditório Municipal da Matola; homenageou Gito Baloi; Fanny Fumo; juntou homens de guitarra, dos melhores do continente africano e de outros continentes que minha avó não conhece nem pelos nomes, todos cantaram e encantaram; lançou o seu segundo livro intitulado Relações Afro Árabes: Convergência e Divergência, com o selo das colecções Mbokodo, comeu-se, bebeu-se mas o livro só chegaria a Maputo no dia seguinte pois foi impresso num país vizinho e não chegou no dia do lançamento, foi lançado e quem saiu de lá com livro foi uma e única pessoa que teve a sorte de ser oferecido pelo intelectual Carlos Filipe Tembe.
Lembro-me dos tempos do João País, a quem o edil da Matola, Carlos Tembe apresentou como gestor do Auditório Municipal, naquele dia em que o velho Cinema 700 apresentava outro rosto novo rosto, descreveu o percurso histórico daquele homem que já teve sucesso na gestão de espaços como o Auditório Municipal. Todos nós batemos palmas, políticos, empresários, a sociedade civil, familiares e amigos de todos, as palmas foram mais atiçadas quando Tembe apresentou o jovem Pinto dos Moz pipa como assistente do João Pais, víamos nos dois, João Pais e Pinto os embaixadores da cultura na Matola, salvadores da arca cultural da Matola.
Naquele dia a iluminação e o som denunciaram algumas fragilidades mas fomos obrigados a dar força ao Tembe, uma vez mais batemos palmas, passou estávamos todos alegres, o intelectual Tembe dizia os valores gastos na reabilitação do sítio, apresentava a sua Utopia jurou de pés juntos que não ia terminar seu mandato sem tornar o Auditório Municipal da Matola num verdadeiro Centro Cultural, espero que sim, falou de tudo o que lhe ia na alma e que gostava de ver e fazer, fervendo de emoções e dominado pela utopia.
Os gestores apresentados em Agosto a membros dos governos central e provincial, corpo diplomático, religiosos, intelectuais, sociedade civil quase que apanharam enfarte, foram em algumas vezes obrigados a tirar dinheiro dos seus míseros salários para pagar músicos que iam ali actuar, sintiam-se desamparados, e logo concordaram com o ditado que diz: De nada nunca vem nada, insistiram persistiram mas foram sabotados e deu no que deu João Pais alegando motivos de saúde foi embora, Pinto assegurou as pontas mas as crises foram mais fortes que sua audácia e ousadia, saiu a uma velocidade de 1000km por segundo de frustração, o Auditório Municipal foi abandonado.
Bom aquilo teria sido evitado, se Tembe e seus colaboradores tivessem dado apoio moral e acima de tudo material ao João Pais e Pinto, alguns vereadores faltaram a inauguração do sitio e delegaram seus familiares, muitos só foram no dia do lançamento do livro do edil em Agosto, mas sei que todas sextas estão na diversão e o Auditório Municipal nunca foi e duvido que algum dia será escolha, deles para lazer, isto serviria de estímulo para os trabalhadores e para os munícipes. O contacto com as massas, que acredito ser um dos pressupostos da governação aberta, seria mais valia para a vossa tarefa que agora se nos apresenta pouco clara.
Mas o pior aconteceu, eles foram-se embora, apresentaram cartas de pedido de demissão, abandonaram o que na presença de centenas de pessoas juraram que iriam assumir e fazer, bom a nós resta desejar boa sorte.
Tempos depois uma nova direcção viria a tomar posse, e está a tomar conta do sítio, mas as dificuldade prevalecem, ninguém assiste os espectáculos que são ali organizados, aquando do festival de jazz, em homenagem ao Gito Baloi, que contou com envolvimento total e completo de Tembe, as entradas até esgotavam, agora está tudo um caus, lembro uma vez que convidaram Dilon Dji Dji, António Marcos e Xidiminguane com todas expectativas de audiências, só foram para lá sete pessoas, agora o primo e a filha do perecido casal Carlos e Zaida Chongo, transpiraram para transmitir calor aos matolenses, mas meia dúzia de amigos esteve lá.
Adeus Tembe, mas educa aos seu colaboradores tal como te educaram, o apoio a Matola deve ser em acções concretas, trabalho no campo, devem ter o espírito de convívio com o povo que te elegeu, assim, te deu poder de escolher os putos que te assistem, vimos na última edição do Carnaval, sua excelência estava com vereador jurista, aquele santinho de homem.
Finalmente, adeus antecipado ao amante da cultura, sentiremos saudades do seu tempo com muitas acções concretas e com muitas promessas que terminaram nas palavras, agilizem o processo de aprovações ou reprovação dos projectos, apoiem os jovem sem contra partidas obscuras. Porque é que a cultura está no seu gabinete e já não temos uma vereação responsável pela área, é mesmo por amor á arte, á dança, ao som da guitarra, ao Mano Dibango.
Só um segredinho, dizem que alguém está por detrás do fracasso do Auditório Municipal, para depois se levar o espaço ao leilão para uma gestão privada e logo, este alguém que por sinal é um político muito poderoso e influente, vai levar para si e para os seus, aí sim teremos o Centro Cultural da Matola, não como bem comum mas como propriedade privada.
Mais não disse até para semana, com um fraterno abraço de Lázaro Bamo.
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