quinta-feira, 26 de novembro de 2009

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Estou intrigado com meu país, os políticos definem o rumo de abordagens nos mídias, até os tais independentes. Isto é um maquiavelismo autêntico, onde a pressão feita através dos mídias não tem outro objectivo a não ser regalias, bem estar, etc.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Vida a Cesariana na Matola

Dizia o saudoso presidente Samora Machel e passamos a citar: Não o queremos exploradores em Moçambique, não ha lugar para exploradores aqui...Preto ou branco não pode explorar o povo. O dever de cada um de nós é dar tudo ao povo...Sermos últimos quando se trata de benefícios e primeiro quando se trata de
sacrifício... Isso é que é servir o povo, ouviram camaradas? Ouviram? Alguns já estão a organizar para compra de 10 tractores. Já exploram a zona onde irão produzir. Não é assim? Não há produção individual em Moçambique. Produção colectiva, para colectivamente matarmos a fome, matarmos a miséria no nosso país. Ouviram? Ouviram? Ouviram? Porque, estes individualistas são ao mesmo tempo instrumentos do imperialismo, não são eles? Onde vão encontrar o dinheiro? Vocês todos são pobres aqui, pobres todos aqui. Daqui a três anos nós vamos ver alguns a levantar edifícios de 15 andares. Onde arranjou o dinheiro? Hem? Não, é vocês aí! Vocês aí, e nós também aqui..
.(in http://vozdarevolucao.blogspot.com)

Para mim, Machel era um profeta, um líder visionário que dirigiu a pátria numa fase em que Moçambique renascia e por isso, todos sofriam a dor do parto de um novo estado, pátria de todos. A ideia de bem comum tinha outro significado. As lideranças tinham outro tipo de carisma. Com o tempo e acompanhando a conjuntura, as coisas mudaram, eis a realidade que se vive hoje. Muito aprendemos durante este tempo todo e o pensamento e profecia samoriana hoje em dia escorrem no nosso cotediano. Sim hoje dar tudo ao povo parece um favor que os dirigentes fazem, por isso continua um caus andar em muitas estradas do Município da Matola, e depois das chuvas são reclamações em todos sentidos.

Será que os munícipes são apóstolos da desgraça, ou vitimados pelo mau serviço da edilidade não conseguem mais se conter? Estamos ainda a estudar e avaliar os cenários para agir, tem sido a resposta ao desespero dos munícipes. Este argumento é típico de quem não sabe nem sequer copiar. Onde está a mudança na continuidade ? Daqui a uma semana estamos no mês de Dezembro e que tal a promessa da estrada Zona Verde – Khongolote? Foi o pacato cidadão que prometeu ou que foi prometido? O cidadão tem ou não dever e direito de cobrar? Se estas questões não fazem sentido, continuem com a caça as bruxas e tentativa homicídio da Alegoria da Caverna.

A cidade continua parada, isto teoricamente é falso mas se visitarmos a prática veremos que Guebuza está a ser contrariado na Matola, isto é, enquanto o chefe do estado sugere, afirma e aconselha que este não é tempo para andar mas sim para correr, a edilidade na Matola contraria a todo custo esta filosofia.

A grande pergunta é: porque é que existe esta abordagem obscura, estagnada sobre a gestão e governação da cidade? Muitos foram a banca pedir valores monetários para erguerem suas casas, mas o dinheiro poderá ter outro rumo porque o que foi iniciado pelos camaradas no mandato passado na Matola, não funciona na óptica de Arão Nhancale, estava tudo errado por isso deve ser alterado. Será impossível parcelar a Matola a não ser que a força municipal e talvez a PRM sejam chamados para o trabalho no terreno. As comunidades estão a construir casas nas antigas machambas e não vão abrir mão para parcelamento, isto porque há um medo enorme de se perder as propriedades a favor da nova geração de açambarcadores. As projectadas ruas, irão dar lugar aos becos.

Foi reposta uma pedra muito grande no pelouro da terra e urbanização, esta pedra conhece a Matola como a palma da sua mão e ao lado do súper vereador, poderá materializar a profecia samoriana: Alguns já estão a organizar para compra de 10 tractores. Já exploram a zona onde irão produzir...individualistas são ao mesmo tempo instrumentos do imperialismo, não são eles? Onde vão encontrar o dinheiro? Vocês todos são pobres aqui, pobres todos aqui. Daqui a três anos nós vamos ver alguns a levantar edifícios de 15 andares. Onde arranjou o dinheiro?

Depois das regalias para os vereadores e membros da Assembleia Municipal, eis que um paninho quente chega a massa laboral, agora os trabalhadores podem se endividar num dos bancos comerciais da praça, existe uma luz verde para o efeito. Voltando para a nossa citação veremos que Samora Machel estava errado na óptica de Arão Nhancale, pois enquanto o primeiro dizia que os dirigentes deviam ser os primeiros no sacrifício e os últimos no benefício, ao segundo convém que os dirigentes sejam os primeiros a tomar o pequeno almoço, o povo pode comer mangas, que são tantas na Matola.

De facto depois de cinco anos de martírio, vida a cesariana, os matolenses em uníssono poderão ecoar a voz de Samora Machel e os dizeres acima citados. E ai iremos entrar na lógica do arrependimento para terminar a novela. Não será o Mito a dar a outra face da história pois não é sua vocação, vocês devem dar a cara e responderem com clareza e trabalho os desafios do voto que lhes foi depositado, não para acumularem riquezas e regalias mas para servirem os interesses da maioria, do povo, em quem sempre se baseou a ideologia da Frelimo. A não ser que sejam vocês uma vaga de infiltrados e gananciosos, com agendas obscuras e apátrias.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Matola e seu edil

Os dias correm, as reclamações vem de tudo o quanto é canto, mas como que uma gota de água no Oceano, esta voz continua insignificante. A apatia que muitos matolenses tem em relação ao grupo instalado na gestão da autarquia, é sem sombra de dúvidas uma demonstração clara de que Nhancale e seus sequazes não tem nenhuma legitimidade. Se fosse humilde, o edil devia ter se tratado depois da campanha eleitoral, onde os matolenses rejeitaram por completo seus pronunciamentos. No último showmício da campanha eleitoral, que teve lugar no bairro Ndlavela, Nhancale tentou persuadir o eleitorado mas sem sucesso, o ambiente ficou gelado, era como se as pessoas estivessem a perguntar: que faz este senhor aqui? Valeu a intervenção da carismática Verónica Macamo, que devolveu animação aos presentes, só com a intervenção desta, ouviu-se de novo aplausos para Frelimo e Armando Guebuza.

O edil fez várias promessas durante a campanha eleitoral, e os munícipes estão a cobrar. Mas o edil permanece indiferente. Um dia antes das eleições gerais e provinciais de 28 de Outubro, os residentes do bairro 1° de Maio queriam dar Cartolina Vermelha ao Nhancale, devido a promessas não cumpridas. Organizou-se uma manifestação que só foi controlada porque o edil e seus sequazes não foram para lá. Acredito que a primeira coisa a fazer seria levar os homens da Polícia Municipal para intimidarem os residentes, e demostrar poder e prepotência. A verdade é que os matolenses estão zangados, estão fartos de viver numa cidade onde a edilidade é inoperante.

Falamos numa das reflexões do Mito da Caverna, do facto de alguns troços estarem entregues à sua sorte e não há um plano concreto e visível para melhorar a circulação de pessoas e bens na Matola. Falamos de uma rua que poderia muito bem descongestionar, a Avenida Josina Machel e reduzir o tempo de viagem até a zona do Benfica, saindo da Machava Socimol e Nkobe. O que está acontecer neste troço é que os município está já a duas semanas a depositar areia vermelha que está aos montes mas de forma muito infantil e desorganizada. As crianças vão transpondo a areia e espalhando-a, a edilidade vai lá de quando em vez, deixa areia e desaparece. Estranho! Porque é que não fazem um trabalho sério na via de uma vez por todas, é para pensarmos que estão a trabalhar levando areia vermelha aos poucos para Nkobe? Trabalho sério significa celeridade, flexibilidade e responsabilidade mas não podemos dizer isto em relação ao que fazem. Que pena.

Aquela rua senhor presidente, era usada também por um dos seus vereadores na ida e volta do serviço, quando a situação ainda estava estabilizada, porque para quem sai de Khongolote, Matlemele, 1° de Maio em direcção a Machava e Matola, é mais prático passar de Nkobe, mas desde que a situação piorou, ele desapareceu da circulação. Agora, queima mais combustível usando avenida Eduardo Mondlane para depois entrar pela 4 de Outubro e seguir o desvio da Zona Verde para os seus aposentos. Esta é uma prova clara que vocês tem muito que fazer na Matola, partindo de iniciativas pouco onerosas como esta, que é só colocar areia vermelha para facilitar a circulação de pessoas e bens.



Os bairros da Liberdade e Fomento, tem um problema de escoamento de águas, e em tempos de chuva é insuportável visitar estes bairros. Foi feita uma vala de drenagem na esperança de se melhorar a situação mas a estão a contrariar o trabalho feito antes, há uma explosão de edifícios no local onde era suposto estas águas desaguarem, e o futuro dirá ou confirmará a vossa negligência. Quem semeia vento colhe tempestade.