sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Chegada do herdeiro Mukendy

Durante nove meses, vivi na espectativa de receber um sucessor, alguem que podesse ficar com o trono de pobreza e miséria, mas que fosse humilde, com inteligência suficiente para não ser abocanhado por abutres como seu progenitor. Foi uma dura e longa batalha em que preferi ignorar os métodos modernos para uma informação prévia do sexo do fecto, talvés podesse aceitar a dica de Madala Brinca ou Nwaninie ( velho que advinhava o sexo de criaças antes do parto, uma das vezes que participei, em 1989, ele anunciava a vinda de David meu irmão e Rosinha, minha visinha, isto é, a 20 anos) que afirmava e com certeza absoluta como verdadeira.
Janeiro chegou, mês em que nasci num desses anos de fome, bicha e repoulho, queria honrar o meu nome e a minha masculinidade, o meu herdeiro tinha que nascer, eu estava mergulhado numa certeza céptica (menina ou menino?) a verdade porem é que amaria quem quer que fosse na mesma intensidade, se fosse menina em homenagem a mim (Lazaro) e a minha dignissima esposa ( Ilda ), com quem me casei a 6 de Dezembro de 2008, chamaria-se Ildilyze Bamo, se fosse varão, como é o caso, devia ter nome do meu falecido irmão (Jordao Mauricio Bamo, que faleceu em junho de 1995, vitima de doença).
Dia 25 de Janeiro uma penumbra em plena hora do almoço, resolvi mover minha esposa para casa do tio Tonecas e tia Celeste ( como sao tratados meus sogros), dia seguinte seria a vez de uma transferência imediata da Ilda do Hospital de Polana Caniço para Mavalane. Muita dor, sofrimento e solidão até que na madrugada de dia 28 já sem sono decidi rezar, Deus me ouviu, no mesmo dia as 10h.40min, no mesmo hospital onde nascia as 10h (HMavalane) nascia com 3,5kg, Mukendy Soyinka Jordan Bamo, meu filho amado.