segunda-feira, 6 de outubro de 2008

os corredores ocultos da política

Em abono da verdade não podemos deixar de dizer que o sonho de muita gente hoje em dia é fazer política, pois esta é vista como uma boa fonte de renda. Conheço poucos que fizeram esta escolha e optaram pela honestidade, pois a sua missão é em sim uma falácia. Poderia questionar ao estimado leitor quais são as caracteristicas de um político em países mergulhados na miséria como o nosso. Certamente que uma das grandes caracteristicas é que este indivíduo é vulnerável a tempestades de corrupção e burla, ele come limpa a boca sai a rua com lábios secos e em nome do povo chora.
Vivemos num país com inúmeros problemas e a experiência já mostrou com a+b que só os tecnocratas podem resolver os problemas deste país, mas como a política está para ideais jamais convertidos em realidade, aquele que se atrave a mostrar suas qualidades e habilidades, é ejaculado do sistema. O cenário político do país nos mostrou recentemente que a falta de ética na política não é problema de um único movimento político - partidário mas de todos.
Fico triste por exemplo pelo facto de um dia nossos partidos sairem e defender com fervura um lobo político vestido a revolucionário mas quando vêem os seus interesses frustrados aparecem em pública e lincham a imagem do seu ídolo. A minha preocupação nisto tudo é até que ponto as actuais figuras propaladas podem ostentar uma integridade e responsabilidade perpétua ou que possa ser capaz de satisfazer os interesses do povo e do partido? se os partidos estão para representar o povo e suas aspirações porque é que os bons servidores são ejaculados dos corredores ocultos da política? Não sei se posso apostar em políticos mas a verdade é que tenho que escolher um deles já que estou nesta sociedade.
Existe na política a meu ver, uma tendência desta ser a via mais fácil de delapidar o país e o bem público, não só no nosso país mais em todo mundo, particularmente nos países pobres. Não é só aqui onde os mídias tem tido petisco para defender interesses de uma menoria conspiradora, mas em muitos cantos do mundo. Meus caros política é jogo sujo onde jogam os imundos, verdadeiros vendedores do prazer de reflexão. São poucos políticos que usam cabeça para pensar, única coisa que fazem é por bonés dos seus partidos e defender os ideais destes .
Hoje ser político é ter acesso a tudo e menos nada, viver gratuitamente, basta um comício popular e 2minutos de discurso barato no parlamento. Quem representa o povo no nosso país? Os que era suposto o fazer passam a vida a se reprovarem e insultarem-se no parlamento, promovendo actos de desrespeito em relação ao próximo. Nós que assistimos as sessões somos forçados a consumir podres que só pululam nos corredores ocultos da política, mas de soluçaõ para nossos problemas nada.
Os nossos herois hoje estão a ser homenageados, e os nossos líderes percorrem a nação inteira para concretizar esta brilhante iniciativa mas na minha óptica o mais sustentável para o país seria uma homenagem em único momento (3 de Fevereiro), gastava-se pouco dinheiro e fazia-se algo de jeito para o povo pois as homenagens tem estado a custar muito dinheiro ao estado moçambicano.
Na minha óptica não se pode falar de empréstimo nos distritos se o povo não tem como devolver o dinheiro que empresta em caso de não sucesso do negócio. O moçambicano no distrito se for ao Banco de Micro Crédito não terá nenhuma garantia a dar, primeiro mal tem tecto, em termos de bens para garantir não tem absolutamente nada. Porque não apoiar o empresariado a abrir grandes campos agrícolas e empresas nos distritos e empregar as pessoas? Estamos a promover o vício pela venda de produtos o que poderá custar as nossas vidas no futuro. Agora com apoio financeiro e abertura de negócios alastra-se o mercado informal, nascem candongueiros e assambarcadores e o país um dia vai chorar.
Não sou apóstolo da desgraça apenas quero dar meu contributo para um Moçambique melhor, onde a política não é base para estabilidade económica de maning eus (muita gente) mas uma actividade consciente de busca incessante do bem estar colectivo não o que assistimos hoje em dia.
Encorajo os tecnocratas que a partir das suas formações político-partidárias possam procurar ganhar espaço para um Moçambique melhor pois um país de técnicos cegos que não masturbam ideias apenas passam a vida a sustentar mentiras e argumentos falaciosos, tem um destino irónico.
Phambeni